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Deus pensou na família.


Deus pensou na família

O amor humano tem suas estações. Começa com o enamorar-se, como
uma centelha do amor de Deus para “acender” uma família. Um lampejo
que ilumina com luz nova a pessoa amada, uma novidade que
transforma a vida, que dá felicidade e entusiasmo para partir a dois
numa viagem da qual não se vê o fim. É como que o patrimônio genético de um casal.
Depois vem a estação dos frutos, do crescimento, da consolidação.
As situações mudam, o próprio ser do homem no tempo evolui e se transforma.
O amor conhece outros momentos, outros sabores, outras expressões,
e a capacidade de amar deve renovar-se continuamente.
O futuro dos esposos está todo contido nesta dinâmica que os faz ser
uma só coisa na perspectiva da indissolubilidade. Um futuro que os
conduz além deles mesmos, em especial por meio da geração de novas vidas.
De fato, a fecundidade conjugal tem múltiplas expressões.
E a mais típica é o florescer de novas vidas humanas.
Na procriação os esposos cooperam com a ação criadora de Deus que,
por meio deles, alarga a sua família sobre a terra. Escreve Bonhoeifer:
“Ele [Deus] torna os homens e as mulheres partícipes do seu contínuo
ato criativo, Os pais acolhem de Deus os seus filhos,
que a Ele devem retornar” (Bonhoeffer, 1943).
Na criança que nasce, que vem à luz, está o modo típico
de os esposos, de certa forma, darem Deus ao mundo.
A paternidade/maternidade é uma etapa importante do
futuro da família. É um acender-se e multiplicar-se de
novos relacionamentos, um fenômeno que aumentará à medida que
a experiência da família progride no tempo. Assim, a família se torna
um tesouro, um admirável entrelaçar-se de relações de amor, de familiaridade,
de amizade; amor nupcial entre os esposos, amor materno-paterno pelos filhos,
amor filial pelos pais, amor fraterno entre os filhos, amor dos avós pelos
netos e vice-versa, pelos tios, pelos primos, pelos amigos da casa,
pelos vizinhos... Deus realmente pensou na família
como uma misteriosa jóia entrelaçada de amor.

Chiara Lubich



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